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Jesus Vai Voltar Mesmo? Estaria Ele Atrasado?

Depois de quase dois milênios as pessoas continuam tendo as mesmas dúvidas e encontrando os mesmos problemas com a fé cristã. De todas as complicações que acompanharam a Igreja ao longo de sua história, talvez a mais significativa seja a da "demora da volta de Cristo", sugerida em mais de 700 afirmações ao longo da Bíblia - fonte: Folheto "Ele Está Cada Vez Mais Próximo", Novo Tempo, janeiro de 2010. Aparentemente Jesus afirmou que voltaria logo, gerando uma expectativa que ainda não foi suprida, o que fez muitos duvidarem e contribuiu para o afastamento de alguns. O fato é que o problema da suposta "demora" já vem sendo levantado e devidamente explicado desde o tempo em que Pedro escreveu a sua Segunda Epístola (2 Pedro 3:9) - é simples compreender os motivos de ainda estarmos aqui quando analisamos corretamente os versículos que falam sobre a volta do Filho e dificilmente um teólogo sério irá se abalar com as investidas que os inimigos da fé levantam nessa questão.
1º - Jesus e as Profecias do Fim dos Tempos:
Há um grande número de profecias bíblicas sobre o Fim dos Tempos que se associam ao retorno de Cristo e, por mais que muitas delas possam ser interpretadas como iminentes em qualquer período da História, há singularidades de nossos dias que nos fazem vislumbrar a possibilidade de um cumprimento mais literal para elas do que fora noutros tempos. Também há uma peculiar combinação de cenários proféticos atualmente, coisa nunca antes vista na história humana. Segundo Werner Gitt, no livro Perguntar que Sempre São Feitas, Actual, 2005, pg 33, há 6.408 versículos bíblicos com indicações proféticas, sendo que 3.268 já se cumpriram, o que nos permite crer que o restante também se cumprirá. Como esse artigo não tem como foco as profecias apocalípticas, serei breve:

- A volta de Cristo está associada a um período de caos climático. Algumas passagens descrevem como todas as pessoas do mundo temerão catástrofes - a rapidez das comunicações de hoje, com todos vendo os desastres quase que ao vivo através de computadores, televisores e celulares, amplifica o medo e a sensação de insegurança. Lucas 21:25-27.

- A volta de Cristo está associada ao intensificar das guerras. Nos tempos de Jesus as guerras eram tão normais quanto sempre foram, as pessoas estavam acostumadas com a presença de tropas inimigas em suas terras, com revoltas e batalhas, então a afirmação de Cristo sobre "guerras e rumores de guerras" terem associação com o Fim parece muito genérica. Porém não é! Nos tempos antigos a guerra era constante, de modo que as pessoas normalmente não tremiam nas bases somente com a possibilidade do conflito - era lucro que o conflito fosse apenas "uma possibilidade". Mesmo que Jesus tenha falado nos dias da famosa Paz Romana, as legiões continuavam vagando na Galiléia e tal período foi apenas um breve parêntesis na história sangrenta da humanidade que, ainda assim, se enfrentava noutros cantos e nas fronteiras do Império. O fato é que não havia tanto o que temer na guerra, pois a expectativa de vida era pequena, a maioria dos povos se encontrava sob o domínio de outros e as tecnologia militares eram limitadas e pouco destrutivas. As cidades caíam uma de cada vez e, muitas vezes, somente depois de meses de cerco. A tensão diante dos rumores de guerras parece estar mais associada à produção de armas de destruição em massa, que criam um ambiente de medo, medo esse que toma conta do mundo por advento do avanço das tecnologias das comunicações - o fato de "ouvirmos falar de rumores de guerras", o fato de ouvirmos mais rumores do que nunca, é fruto da internet e da televisão.

Um dos únicos momentos de considerável paz na história da Era Cristã foi aquele que precedeu a Primeira Guerra Mundial. É notável que nos últimos tempos tenhamos presenciado um nível de conflito bélico nunca antes visto, tal dando lugar à tensão nuclear. Mateus 24:6-8.

- A volta de Cristo está associada à perseguição da Igreja. Jesus afirmou que os cristãos seriam severamente perseguidos nos últimos dias. Ora, nunca morreram tantos cristãos por martírio quanto hoje! O crescimento do islamismo, a criação e expansão do comunismo, o reviver do paganismo, o advento do neo-ateísmo e a consolidação das filosofias pós-modernas de tolerância e desprezo pelo "antigo" e por aquilo que "afirma ser verdadeiro", criam um ambiente muito hostil para a Igreja - ambiente tal impossível desde que o cristianismo deixou de ser perseguido por Roma e com uma exceção histórica nos dias da ascensão do Islã. Mateus 24:9-11.

- A volta de Cristo está associada com problemas dentro da Igreja. Jesus afirma que, nos Últimos Dias, surgirão muitos "falsos Cristos" e "falsos profetas", pregando uma deturpação do Evangelho e disseminando diversas heresias. Ora, um massivo surgir de "falsos Cristos" e "falsos profetas" dentro da Igreja exige um momento em que o cristianismo seja uma grande religião, visada no mundo inteiro - hoje vivemos tal condição. Os discursos de "tolerância", a teologia da prosperidade, o surgimento de pregadores que se consideram como "apóstolos", "querubins" e "patriarcas", o conhecimento que temos de diversos indivíduos se considerando deuses e Senhores... tudo isso combina com a profecia que Jesus nos dá em Mateus 24:4-5 e 10-11. Nos dias de Jesus, alguém afirmar-se "deus" era comum só em religiões como o hinduísmo e havia um certo temor da parte do povo, principalmente do Império Romano, que não arriscava considerar-se divino - hoje isso se perdeu.

- A volta de Cristo está associada com problemas morais. Jesus afirmou que os Últimos Tempos seriam dias de hipocrisia, imoralidade, nos quais o "amor se esfriaria". Paulo completa informando que os fundamentos da família seriam abalados. Nesse tempo haverá discursos de paz e falso moralismo. Mateus 24:12 e 2 Timóteo 3:1-5. Ora, o homem sempre foi falho, fazendo parecer que as previsões de Cristo e de Paulo são muito genéricas, mas isso não é verdade. Na Antiguidade, e até há bem pouco tempo, a desobediência aos pais era algo muito menos comum e socialmente inaceitável - e nunca o homem, como um todo, foi tão arrogante e soberbo. Enquanto o cristianismo ainda influenciava a sociedade de modo profundo e filosófica e politicamente aceitável, a moralidade cristã mantinha as coisas nos eixos - vivemos o peculiar momento em que o padrão de vida cristão está sendo sumariamente ignorado, desprezado, considerado como vil. 1 Tessalonicenses 5:3.

- A volta de Cristo está associada ao expandir do Evangelho para o mundo inteiro. Quando Jesus profetizou, apenas uma porção do mundo tinha acesso ao que Ele pregava; quando o cristianismo foi considerado como a religião oficial do Império Romano havia incontáveis terras e povos para alcançar; nem mesmo quando as Grandes Navegações atingiram os continentes desconhecidos, até uns poucos séculos atrás, o mundo tinha sido tocado por Cristo em sua totalidade. Com o avanço das comunicações, o aprimorar dos transportes e o desenvolvimento da imprensa, vivemos o limiar da exposição do Evangelho para, literalmente, todos os povos da Terra. Mateus 24:14. Isso nos lembra da Aliança Abraâmica, na qual "todas as famílias da terra seriam abençoadas pela descendência de Abraão". Gênesis 12:1-3.

- A volta de Cristo relaciona-se com a instauração de um governo mundial. Sem entrar muito no mérito da questão, gostaria de ressaltar que vivemos, atualmente, no contexto político, filosófico, religioso, econômico, geográfico e tecnológico mais propício para a instauração de um governo mundial, com unidade de informação, unidade de pensamento e unidade monetária. Apocalipse 9:2-10, 13: 4-8 e 11-18.

- A volta de Cristo está associada com a restauração do Estado de Israel. Conforme Ezequiel 38:8 e Isaías 11:11-12, o povo judeu precisaria voltar para o espaço geográfico a ele dado pelo próprio Deus - a diáspora, a constituição de um Israel sem Jerusalém, sempre foi um problema para a profecia bíblica, isso até 1948, quando, pela primeira vez na História, um povo retornou para o espaço geográfico do qual foi expulso. É interessante notar que até o hebraico, considerado uma língua morta, inutilizada, voltou a ser proferido em Israel. Zacarias 12:2-3, entretanto, afirma que a existência de Jerusalém como possessão dos judeus seria um "incômodo para os povos" e, de fato, é isso o que ocorre - consideremos que grande parte das nações do mundo odeia Israel, não reconhece a legitimidade de sua existência na Palestina e deseja o seu desaparecimento.

Sem entrar em questões do debate teológico e tendo como suficientes os fatores acima relatados, que não são todos os que poderiam ser vislumbrados, pretendo prosseguir. Apenas atente para o fato de que a suposta "demora" para a volta de Cristo está em plena conformidade com os requisitos proféticos que a acompanham, precedem e sucedem, e que precisam se apresentar combinados em um único quadro histórico e geopolítico.

2º - Versículos complicados:
- Mateus 24:34: "Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam." Segundo O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento, Earl D. Radmacher, Ronald B. Allen e H. Wayne House, Central Gospel, 2013, pg 73, o termo "geração", genea, pode ser entendido tanto como uma referência a uma raça ou a uma geração em termos temporais e ambos os significados fazem sentido no contexto, como uma referência ao povo de Israel, que jamais deixará de existir até que Deus cumpra as promessas feitas para ele, ou como uma referência ao momento histórico em particular no qual as pessoas verão o cumprimento de certas profecias. Conforme apresenta a Bíblia de Estudo Defesa da Fé, CPAD, 2010, pg 1576, nos comentários de Marcos 13:30, que fala o mesmo que Mateus 24:34, os "eventos vistos pela geração para a qual Cristo falou" não são, conforme o contexto, exatamente aqueles que ocorreriam nos últimos dias: as coisas que "aquela geração" presenciou, como cumprimento da profecia de Cristo, foram a destruição do Templo e outros aspectos da caótica Guerra Judaica e da brutal invasão das tropas de Tito - a verdade é que Jesus falou isso em resposta ao questionamento de seus discípulos nos versos 1-4, sobre o Templo. Cerca de 40 anos depois de ditas essas palavras, tudo se consumou.

Além dos eventos envolvidos na dita "geração", Cristo falou algo sobre coisas que aconteceriam ainda depois, relacionadas diretamente com a Sua vinda, mas o fato é que o terror que ocorreu na Guerra Judaica serviu como figura para os tormentos que viriam no limiar da Sua volta.

- Mateus 16:27-28: "Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras. Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui estão, que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino." Segundo a Bíblia de Estudo Defesa da Fé, CPAD, 2010, pg 1562, nos comentários de Marcos 9:1, que corresponde ao texto de Mateus 16:28, "alguns deles [discípulos] teriam uma noção prévia da gloriosa revelação do Filho de Deus em suas vidas, uma promessa que foi cumprida para Pedro, Tiago e João imediatamente, por ocasião da Transfiguração. Todos vivenciaram o poder do reino com a vinda do Espírito no Pentecostes." O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento, Earl D. Radmacher, Ronald B. Allen e H. Wayne House, Central Gospel, 2013, pg 52, explica melhor os motivos de tal passagem apontar para a Transfiguração: "(1) a interpretação de Pedro em 2 Pedro 1:16-18; (2) os três Evangelhos Sinóticos (...) trazem a Transfiguração logo após essa profecia; e (3) nem todos os apóstolos viram a Transfiguração (...). Durante a Transfiguração, Padro, Tiago e João viram como seria o Reino."

- Mateus 26:64: "Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu." Vejamos o que diz a Bíblia de Estudo Defesa da Fé, CPAD, 2010, pg 1530: "Em breve (grego ap' arti) significa 'no futuro' ou 'nos dias vindouros'. Jesus disse ao Sinédrio que eles seriam confrontados com a justificação do Filho do Homem, em sua ressurreição, ascensão e no derramamento do Espírito Santo (assentado à direita de Deus) e, posteriormente, no último dia, na sua vinda nas nuvens dos céus para o juízo."

- 1 Coríntios 15:51-52: "Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados." Nessa passagem, quando Paulo fala sobre a possibilidade do retorno de Cristo antes da morte de alguns cristãos, podemos entender de dois modos: ou o apóstolo tinha uma convicção pessoal de que Jesus voltaria logo, ou, ao utilizar o "nem todos dormiremos", não se referia exclusivamente aos leitores imediatos, mas aos cristãos de modo geral, afirmando que teremos cristãos vivos no dia do Retorno de Cristo. Em 1 Tessalonicenses 4:15-17 Paulo fala algo parecido: "nem todos morreremos", podendo ser interpretado da mesma maneira. Segundo a Bíblia de Estudo Anotada Expandida, Charles C. Ryrie, Mundo Cristão, 2007, pg 1125, o autor se refere aos cristãos de modo geral. Vejamos o que diz a Bíblia de Estudo Defesa da Fé, CPAD, 2010, pg 1908, sobre 1 Tessalonicenses 4:17: "Mas embora o uso que Paulo faz da palavra 'nós' possa sugerir que ele esperava estar vivo, isso não prova que ele acreditasse nisso. Em 1 Coríntios 15:52, 53, Paulo expressou praticamente a mesma ideia que expressou aqui; todavia, na mesma carta ele escreveu: 'Deus [...] nos ressuscitará a nós pelo seu poder' (1 Co 6:14). Assim, aparentemente ele considerou que as duas opções eram possíveis para ele (1 Ts 5:10, 'quer vigiemos, quer durmamos'). Em 5:12, Paulo sugeriu a mesma coisa que Jesus disse sobre não conhecer o tempo do retorno de Cristo (Mt 24:36; Mc 13:32; At 1:6-7). Seria estranho se Paulo contradissesse a si mesmo em um espaço de poucos versículos."

- Apocalipse 1:7: "Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém."O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento, Earl D. Radmacher, Ronald B. Allen e H. Wayne House, Central Gospel, 2013, pg 759: "A frase 'até mesmo os que o transpassaram' alude à crucificação de Cristo (Jo 19:34), por influência dos líderes judeus, e aponta para a profecia de Zacarias que diz que Israel se lamentará por ter rejeitado o Messias (Zc 12:10; Jo 19:34, 37)."

- Atos 2:15-17: "Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo a terceira hora do dia. Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos sonharão sonhos" Bíblia de Estudo Anotada Expandida, Charles C. Ryrie, Mundo Cristão, 2007, pg 1051: "O cumprimento desta profecia se dará no futuro, imediatamente antes da volta de Cristo, quando todos os detalhes da profecia se concretizarão. Pedro lembrou seus ouvintes de que, conhecendo a profecia de Joel, eles deveriam ter percebido que se tratava da obra do Espírito, e não do resultado de embriaguez." O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento, Earl D. Radmacher, Ronald B. Allen e H. Wayne House, Central Gospel, 2013, pgs 294-295: "Deus havia prometido que chegaria um tempo em que Seus seguidores receberiam o Seu Espírito, e não somente os profetas, reis e sacerdotes. Pedro indicou que aquele tempo predito havia chegado. (...) Tal evento representa o começo dos últimos dias."

- João 5:25: "Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão." Segundo O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento, Earl D. Radmacher, Ronald B. Allen e H. Wayne House, Central Gospel, 2013, pg 240, "é hoje que Jesus dá a vida eterna àqueles que estão mortos espiritualmente". Em Mateus 27:52-53, temos o relato de que muitos mortos realmente ressuscitaram no momento da morte de Cristo; 1 Pedro 3:18-20; Salmos 16:8-11; Atos 2:31 e João 5:25 e 28 relatam que Jesus, assim que morreu, de fato desceu ao Mundo dos Mortos para levar-lhes a Boa Nova.

- Apocalipse 22:20: "Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus." Bíblia de Estudo Anotada Expandida, Charles C. Ryrie, Mundo Cristão, 2007, pg 2044: "Jesus prometeu vir cedo, mas já se passaram quase dois milênios desde que Ele fez essa promessa. João orou para que Jesus viesse logo. A assombrosa paciência de Deus Pai com o mundo descrente (2 Pe 3:9), é responsável pela demora de Jesus, e pela oração de João que ainda não foi atendida." Devemos considerar, ainda, alguns pontos: havia uma expectativa clara da iminente vinda de Jesus na Igreja Primitiva; a frase "cedo venho", com relação aos milênios de espera, pode ser melhor entendida quando vislumbramos a idade do mundo, questão que a Bíblia deixa em aberto, o que pode tornar "dois mil anos" um espaço de tempo relativamente curto; e, também, precisamos considerar o assim chamado "tempo de Deus", uma vez que o Criador é atemporal e tem outra noção da passagem do tempo. A verdade é que a "demora" da volta de Cristo não é um assunto que dificulta a vida dos crentes, uma vez que a expectativa de Seu retorno, sempre presente na História da Igreja (já que as passagens bíblicas não esclarecem totalmente a questão), manteve os cristãos engajados no evangelismo, desprendidos das riquezas do mundo e disciplinados na santidade, uma vez que estes sempre viveram como quem está de partida - certamente os que viveram e morreram esperando ansiosamente pela volta de Cristo agora estão com Ele, habitam no Paraíso.

3º - Evidências bíblicas para a "demora":
Algumas parábolas de Cristo afirmam que a volta do Filho demoraria e passagens como Apocalipse 6:10, na qual os mártires já estão sem paciência, esperando o Juízo de Deus sobre o mundo, reforçam essa ideia. Verifiquemos: Lucas 12:38 afirma que Jesus pode demorar até "a terceira vigília"; Lucas 12:45 deixa claro que, aos olhos de um determinado servo, o retorno do Senhor está "demorando muito"; Mateus 25:5 fala que, "tardando o Esposo", algumas das virgens adormeceram; Mateus 25:19 fala que o Senhor retornou "muito tempo depois" e tal passagem sucede observações de Cristo sobre o Seu retorno. Esses versículos deixam claro que Jesus não poderia ter vindo pouco tempo depois de ter subido aos Céus, pois é necessário que muitos cansem de esperá-Lo antes da Sua volta.

4º - Ninguém sabe quando Ele voltará:
- Mateus 25:13: "Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir."
- Marcos 13:32-37: "Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai. Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo. É como se um homem, partindo para fora da terra, deixasse a sua casa, e desse autoridade aos seus servos, e a cada um a sua obra, e mandasse ao porteiro que vigiasse. Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo. E as coisas que vos digo, digo-as a todos: Vigiai."

- 2 Pedro 3:10-12: "Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão. Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?"

- Mateus 24:42-44: "Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis."
Natanael Pedro Castoldi

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