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Os Ventos do Monoteísmo Judaico-Cristão

Confecciono esse artigo com base no polêmico protesto neo-ateu promovido pela Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos, a ATEA, no qual realizou-se um "desbatismo" coletivo que pretendia fazer, com um secador de cabelo, "evaporar as águas do batismo". O ato simbólico contou com cerimônia, certificado de desbatismo e até assinatura em livro de presença e objetivou protestar contra a imposição religiosa no Brasil, que "deveria ser um país laico" (1), contra o gasto de recursos públicos com a vinda do Papa (2) e contra o preconceito que os brasileiros em geral ainda nutrem contra os ateus (3). Através dos "ventos do secularismo" os desbatizados se disseram mais leves e livres. Segue a minha crítica, tire as suas próprias conclusões:

Observação: o mais importante é ler os tópicos "Sobre a questão do 'preconceito' contra os neo-ateus", "Conclusão" e "Os Ventos do Monoteísmo Judaico-Cristão", a segunda metade do texto.

1 - A questão da "imposição" religiosa:
"O 'desbatismo' vai seguir a fórmula que já ficou consagrada em outros países, sobretudo nos Estados Unidos, onde o movimento de 'ateus praticantes' está mais desenvolvido: haverá uma espécie de cerimônia para as pessoas interessadas em 'apagar' o batismo a que foram submetidas enquanto ainda eram crianças. O primeiro passo será 'ouvir' algumas palavras em latim 'de mentirinha'. Na sequência, 'os desbatizados' passarão por uma sessão sob secadores de cabelos, 'para fazer evaporar do corpo as últimas moléculas de água do batismo involuntário com os ventos do secularismo'. Após isso, as pessoas assinarão um livro de presença e receberão um diploma de 'desbatismo'." Fonte: oglobo.globo.com/rio, 17/07/2013, Henrique Gomes Batista, Ateus farão ‘desbatismo coletivo’ no dia da chegada do Papa ao Rio -> link <-

Esse grupo é mais religioso do que eu - em sentido ritualístico. Sabemos que os olhos do mundo inteiro estarão sobre o Brasil durante a visita do Papa, o que é uma pena, já que alguns de nossos compatriotas estão preparando uma recepção vergonhosa. Qual é o sentido disso? Qual é a lógica do ato? Sei que é simbólico, mas assinar livro de presença e receber um certificado de desbatismo já é demais, não? Eles levam os assuntos religiosos com muito mais seriedade do que muitos cristãos! Que é, para um ateu que em nada acredita, um banho quando bebê? É necessário ser "desenfeitiçado"? Eles protestam contra o fato de um dos maiores países cristãos do mundo pender mais para o cristianismo, eles protestam contra a primazia da fé cristã numa nação com mais de 500 anos de cristianismo, eles protestam contra o ensino religioso nas escolas, como se fosse inútil aprender sobre a religião predominante na história e cultura de nossa nação, eles protestam contra símbolos cristãos em órgãos públicos, como se a própria Constituição Brasileira não tivesse bons fundamentos na Bíblia. É lógico que o cristianismo é mais divulgado numa nação em que quase toda a população é nominalmente cristã, é lógico que o cristianismo será mais lembrado num país com cinco séculos de fé em Cristo. O que querem, afinal? A Cruz, para nosso país, não é só religião, mas legado histórico e moral, um símbolo que sintetiza quase toda a nossa história e o pensamento de boa parte da população - cidades foram planejadas entorno de igrejas, hospitais vieram de ordens religiosas e escolas surgiram de iniciativas cristãs. O Estado pode ser Laico, mas isso não o torna ateu - o Brasil não é obrigado a desprezar a coluna dorsal de sua história e cultura apenas porque algumas centenas de milhares ficam magoados com isso! Se o problema é a doutrinação religiosa desde o nascimento, melhor seria baterem um papo com seus pais, não é mesmo? Ninguém é obrigado a ser cristão - mas é lógico que a Igreja Cristã será mais comum num país de imensa maioria cristã!
Minha crítica publicada no facebook.com, 19/07/2013.

2 - Sobre o uso de dinheiro público para a vinda do Papa:
Alguns ateus estão se mobilizando contra a vinda do Papa ao Brasil - eles alegam que essa viagem é, na verdade, uma "imposição religiosa" financiada com dinheiro público. É estranho se revoltarem contra algo que faz sentido para quase 70% da população brasileira, população essa que paga impostos. Para essa minoria é errado que o Papa tenha a liberdade de visitar o maior país católico do mundo, não é correto permitir que ele, como representante de uma maioria, circule por aqui... estranho, não? O caráter desse pequeno grupo se revela quando, sendo imensa minoria, lutam para proibir a livre circulação da autoridade religiosa de maior representatividade para nosso país, lutam para proibir que recursos adquiridos com essa maioria favorável à visita do Papa sejam utilizados no evento, lutam para privar que a imensa maioria de nossa população seja tocada pelo Pontífice que a representa. Quer algo mais egoísta e infantil do que isso? Esse pessoal não vê um palmo diante dos olhos - ou deseja não vê-lo, cegos pelo ódio. Não percebem a importância política desse evento MUNDIAL, não percebem a quantidade de recursos que serão injetados na economia por advento do turismo (mais de 1 bilhão), tampouco percebem que não se trata de "imposição religiosa", mas de um evento que reunirá aqueles que já compartilham da mesma fé. Não sou católico, mas acho saudável que a juventude brasileira tenha o Papa Francisco como exemplo, como referência. É, não tá fácil. 
Minha crítica publicada no facebook.com, 18/07/2013.

Vi na radioglobo.globoradio.globo.com, 23/07/2013, sob o título "Quem paga pela Jornada é o comitê organizador da Igreja Católica', destaca Eduardo Paes", que os cofres públicos só custearão serviços de apoio, como saúde e trânsito, o resto virá da própria Igreja ->link<-. Como fica sabido que a vinda do Papa para a Jornada Mundial da Juventude terá um retorno estimado em mais de 1 bilhão de reais, entende-se que nosso país só ganhará com isso -> link <-.

3 - Sobre a questão do "preconceito" contra os neo-ateus:
Pode até existir algum preconceito contra os ateus no Brasil, pois para muitos essa é uma realidade estranha, verdade, mas, por outro lado, uma pequena minoria não pode desejar transformar em uma década a mentalidade milenar de um povo cristão, com raízes no antigo Império Romano, não pode fazer com que os brasileiros simplesmente aceitem os gritos súbitos, provocativos e agressivos de uma juventude que, em grande parte, pouco chegou a conquistar na vida, de uma juventude neo-ateísta (brasileira) que não possui meia-dúzia de intelectuais de calibre na vanguarda e que, tampouco, tenha feito algo, em termos ideológicos e práticos, digno de louvor perante a sociedade, que tenha sido útil e benigno para todos e não somente para os poucos militantes. Se eles querem lutar contra o "preconceito", primeiramente precisariam construir para si uma imagem de respeito, precisariam contribuir para a formação de um conceito louvável sobre seu grupo aos olhos da sociedade e, para tal, deveriam se envolver menos em conflitos e zombarias e mais em ação social, incentivando a educação e a saúde - praticando aquilo que afirmam "faltar" na Bíblia e no cristianismo. Acontece que vemos o contrário: processos contra famosos cristãos jorrando como chuva, escárnios mil contra a Igreja, Cristo, a Bíblia e os cristãos e, como no caso mais recente, uma afronta ao Papa, líder de mais de um bilhão de católicos do mundo inteiro e representante religioso da maior parte da população brasileira, bem no dia da sua chegada ao Brasil. Isso faz sentido, se o objetivo é lutar contra o "preconceito"?

Conclusão:
A luta contra a "imposição religiosa" será uma batalha que, ou ganharão em termos legais - implantando uma ditadura -, ou conquistarão somente após um punhado de décadas de insistência, até que a mentalidade do povo brasileiro mude, até que a cultura que construiu esse país enfraqueça; o protesto contra o "uso de recursos públicos com a vinda do Papa" é uma furada, pois isso não é verdade, o que evidencia a supremacia da emoção sobre a pesquisa da parte desse pequeno grupo; a luta contra o preconceito não pode ser feita através da afronta a quase todos os cristãos do mundo, pois, mesmo não sendo católico, também me ofendi. No mais, toda essa movimentação não passa de barulho, de gasto de energia, de perda de tempo para uma juventude neo-ateísta que poderia ser bem mais efetiva evitando constrangimentos e apoiando-se mais nos estudos, na Academia, para, chegando nos altos níveis da ciência - que eles tanto louvam -, exercer de modo realmente coerente a sua missão pró-laicidade e pró-ateísmo.
Os Ventos do Monoteísmo Judaico-Cristão:
Como o título do artigo apontava para o "Monoteísmo Judaico-Cristão", não poderia, simplesmente, não falar do assunto. Faço uma comparação desses ventos com os "ventos do secularismo", que são de qualidade incerta: nós sabemos o que a Revolução Francesa, em sua luta pela "liberdade", fez -matou milhares de cristãos- e nós sabemos o que as políticas que brotaram do marxismo e seu ateísmo fizeram no Século XX -mataram mais de 100 milhões de pessoas. É claro que a Europa pós-cristã de nossos dias, que respira o "secularismo", que sempre tende ao ateísmo, vive alguns dias interessantes -mesmo que em severas crises-, porém é tudo muito recente para considerarmos "maravilhoso": a Europa basicamente se ergueu das trevas do barbarismo pós-Roma por sobre a Bíblia e o cristianismo, todo o "Primeiro Mundo", no qual respira uma fatia do ateísmo de nossos dias -outra parte nos países comunistas ou ex-URSS-, brotou dos civilizadores princípios bíblicos. Não sabemos o que acontecerá amanhã: se o relativismo de nosso pós-modernismo penderá para uma repetição das atrocidades do Século XX ou se, finalmente, culminará nas utopias socialistas - o fato é que o razoável equilíbrio que o cristianismo forneceu por 19 séculos não será mais uma opção. O relativismo, que está vertendo do secularismo, ou nos tornará bestas selvagens -um darwinismo-social insano-, ou nos tornará anjos -o que muitos tentaram, mas ninguém conseguiu. Sem Deus a definição de "bom" não mais existe e isso significa que o detentor do poder maior é que será o responsável por definir para as massas o que é dingo e louvável e aqui volto para os extremos: se esse poder maior for bacana e pouco interesseiro, manterá a definição de bom conforme os moldes cristãos -que sustentaram a civilização ao longo dos últimos milênios-, porém, se for anticristão e/ou interesseiro -como são muitos dos neo-ateus-, definirá o "bom" conforme os seus caprichos e vaidades, invertendo a clareza que o homem carrega consigo desde a antiguidade mais remota, que lhe é mais do que religião, que lhe é instinto de sobrevivência. Tomemos cuidado - esse é o meu apelo!

Natanael Pedro Castoldi
Importante: como fundamento para as minhas declarações sobre o "Monoteísmo Judaico-Cristão", vide as seguintes postagens:

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