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O Caso de Galileu Galilei

Em um debate com céticos comumente nos deparamos com o argumento da "Inquisição sobre Galileu Galilei" e, por esse motivo, é de extrema importância darmos ênfase especial para esse assunto. O texto que segue foi retirado de um outro artigo da página, A Igreja e a Revolução Científica - tire as suas próprias conclusões.
Base nos livros: Por que a Ciência Não Consegue Enterrar Deus, John Lennox, MundoCristão, 2011, pgs 31-35, e A Linguagem de Deus, Francis S. Collins, Gente, 2007, pgs 159-164: Galileu foi, sim, um cientista cristão, católico devoto – não era agnóstico, nem ateu, tampouco envolveu-se nalgum debate de natureza antirreligiosa. O astrônomo, ao contrário do que se prega, não zombava da Bíblia, conforme se lê na sua brilhante biografia, A Filha de Galileu, escrita por Dava Sobel – pelo contrário, a fé do cientista era inabalável. Foi ele mesmo quem disse: “as leis da natureza foram escritas pela mão de Deus na linguagem matemática”, “a mente humana é uma obra de Deus e uma das mais excelentes” e “a Bíblia nos mostra o caminho para o céu, e não os caminhos do próprio céu”. Outro fato interessante é que, de início, as ideias desse astrônomo do Colégio Romano, da ordem dos jesuítas, recebeu amplo apoio e incentivo de seus colegas intelectuais – o fato é que, ao tocar no ponto central e milenar do pensamento científico secular e clerical, o aristotelismo, sofreu oposição.
A Igreja, ao contrário do que se lê em diversas publicações ateístas, não era o ponto central da pregação da Terra como centro do Universo, apenas concordava com o pensamento aristotélico, ou seja, da Antiguidade Clássica, que era amplamente sustentado por toda a classe científica. A verdade é que o próprio Galileu afirmou que seus primeiros confrontos sobre suas ideias não se deram contra a Igreja, mas, sim, contra outros acadêmicos – e os próprios acadêmicos é que pressionaram a Igreja para entrar na guerra ideológica. Outro motivo da oposição a Galileu fora a ameaçadora situação da Igreja Romana mediante a Reforma, estando em crescente descrédito, de modo que lhe seria prejudicial perder em mais um campo, no caso intelectual, onde imperava sem paralelos. O cientista católico, por outro lado, também provocou doutras maneiras seus opositores: escreveu em italiano e não em latim, o que atiçou as elites, de modo que transferia sua ciência ao povo comum, também desprezou de maneira áspera seus opositores e, por fim, zombou do próprio papa ao incluir um personagem “bobo” que aludia ao pontífice em um de seus trabalhos – o que lhe levou ao tribunal. Diante da Inquisição, Galileu nunca foi torturado e, condenado à prisão domiciliar, passou a maior parte do resto de sua vida nas residências luxuosas de seus amigos. O célebre astrônomo, ainda assim, morreu católico.
Ao ler a obra de Francis Collins, A Linguagem de Deus, ficamos cientes de que Galilei chegou a ter permissão de um papa para escrever um livro relatando todas as suas ideias e opiniões, mas de modo equilibrado - como o astrônomo não se conteve e escreveu algo provocativo -como relatado acima-, foi submetido ao Tribunal.
Obs: foi Nicolau Copérnico, clérigo cristão, que ainda antes de Galileu defendeu o Heliocentrismo.

Natanael Pedro Castoldi

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