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A Preservação do Texto Bíblico

Para os que questionam a integridade do texto bíblico o melhor remédio é ter alguma noção de como ele foi preservado. Para tal, segue um breve estudo:

Temos aproximadamente 24.000 manuscritos antigos somente do Novo Testamento, que servem de parâmetro para analisarmos a integridade do texto das bíblias modernas. Sobre isso, Norman Geisler comenta: “Aproximadamente um oitavo de todas as variações textuais tem alguma importância, a maioria é apenas uma questão de mecanismos de ortografia ou estilo, por exemplo. No total, apenas um sessenta avos pode não ser considerado como ‘trivialidade’ ou pode ser entendida de alguma forma como uma ‘variação substancial’”. Fonte: Por que Confiar na Bíblia?, Ultimato, Amy Orr-Ewing, 2008, pg 60.
                Os talmudistas: consistiam de estudiosos do Antigo Testamento que comentavam ou explicavam as Escrituras aos judeus. Esses escribas produziram manuscritos do Antigo Testamento entre 270 e 500 d.C., tudo com base num complexo sistema de regulamentos, para garantir a integridade das cópias. Fonte: Por que Confiar na Bíblia?, Amy Orr-Ewing, Ultimato, 2008, pg 61.
                Os massoretas: tal grupo escriba realizou o trabalho árduo de editar e padronizar o texto do Antigo Testamento entre 500 e 900 d.C., com base nos documentos de que dispunham na época. Fonte: Por que Confiar na Bíblia?, Amy Orr-Ewing, Ultimato, 2008, pg 61.
                Os escribas judeus seguiam um rígido protocolo para eliminar os erros da Bíblia hebraica: contavam as linhas, palavra e letras do manuscrito, chegando a conhecer qual era a letra central do Pentateuco e, inclusive, a do Antigo Testamento inteiro! Fonte: Bíblia de Estudo das Profecias, John C. Hegee, Atos, 2005, pg 925; Por que Confiar na Bíblia?, Amy Orr-Ewing, Ultimato, 2008, pg 61.
                Os copistas, inclusive os de textos do Novo Testamento, realizavam, volta e meia, sacrifícios em nome do ofício: um relato diz que o copista prosseguiu em seu serviço mesmo com seu mosteiro coberto de neve, de modo que o pote de tinta no qual banhava a pena congelou e suas mãos adormeceram. Outros ainda comentam: “Escrever encurva as costas, faz com que as costelas comprimam o estômago e promove uma debilidade generalizada”; “Fim do livro, graças a Deus!” Fonte: Bíblia de Estudo das Profecias, John C. Hegee, Atos, 2005, pg 925.
                Da Bíblia de Estudo Anotada Expandida, Charles C. Ryrie, Mundo Cristão, 2007, pg 1302: os massoretas verificavam cada cópia cuidadosamente, calculando a média de letras em cada página, livro e divisão e, como disse alguém, calculavam tudo o que era possível contar.  Depois do achado dos Manuscritos do Mar Morto, contendo todos os livros do Antigo Testamento, menos Ester, com datação do século II a.C., verificou-se a exatidão do texto massorético.
                Ainda na Bíblia de Estudo Anotada Expandida, pg 1302: outras formas de verificação da exatidão do texto do Antigo Testamento são a Septuaginta (tradução grega do século III d.C.), os targuns aramaicos (paráfrases e citações do Antigo Testamento), as citações de autores cristãos da Antiguidade e a tradução latina de Jerônimo, a Vulgata, de 400 d.C.
                Ainda na pg 1302 da Bíblia de Estudo Anotada Expandida, sobre o Novo Testamento: entre 135 d.C. e o século VIII temos 75 fragmentos de papiro datados, contendo partes de 25 dos 27 livros do Novo Testamento, somando 40% do texto – isso além dos 5 mil manuscritos. Podemos, ainda, analisar o grande Códice Sinaítico (século IV), o Códice Vaticano (século IV) e o Códice Alexandrino (século V). Ainda há cerca de 2000 lecionários (livretos de uso litúrgico que contém partes das Escrituras), mais de 86.000 citações do Novo Testamento da parte dos Pais da Igreja (início da Era Cristã) em seus escritos, antigas traduções em latim, siríaco e egípcio do século III e a Vulgata, de Jerônimo.
                Do livro Por que Confiar na Bíblia?, Amy Orr-Ewing, pgs 44 e 45: existem fragmentos de papiro do Novo Testamento de 100 a 200 anos (180-225 d.C.) anteriores aos Códice Vaticano e Códice Sinaítico (325-450 d.C.), com destaque para a nitidez do Papiro Chester Beatty (P45, P46, P47) e o Papiro Bodmer II, XIV, XV (P66, P72, P75). Só com base nesses manuscritos podemos reconstruir completamente os evangelhos de Lucas e João, os livros de Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses, Hebreus, partes de Mateus e Marcos e partes de Atos e Apocalipse. Uma das porções mais antigas da Bíblia que se encontrou é um fragmento de um códice de papiro contendo o texto de João 18:31-33 e 37, datando de 130 d.C., encontrado no Egito e nomeado como Papiro Rylans (P52), já citado.
                Sobre as citações do Novo Testamento da parte dos Pais da Igreja podemos, ainda, utilizar do livro Por que Confiar na Bíblia, pgs 45 e 46: na epístola de Clemente aos coríntios (95 d.C.) temos trechos dos evangelhos, Atos, Romanos, 1 Coríntios, Efésios, Tito, Hebreus e 1 Pedro. As cartas de Inácio (115 d.C.), escritas para várias igrejas da Ásia Menor, contém trechos de Mateus, João, Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, 1 e 2 Timóteo e Tito. Dos Pais da Igreja, como já dito, podemos extrair 86.000 citações do Novo Testamento: é possível reconstruir toda a documentação neotestamentária apenas com base nisso!
                Uma observação final que pode ser extraída dessa mesma página do livro refere-se ao número de manuscritos do Novo Testamento: além dos manuscritos gregos, há mais de mil cópias e fragmentos em sírio, copta, armênio, gótico e etiópico, 8 mil cópias da Vulgata Latina – algumas praticamente da mesma época da tradução original, 384-400 d.C.
        
Natanael Pedro Castoldi

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